Existem novos vampiros na cidade (mas não em Portugal)

Livro: Captured (saga The Captive) de Erica Stevens



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Enquanto ávida leitora de Young Adult Fiction, um obstáculo impõe-se. Este género tem imensa expressão nos Estados Unidos, mas em Portugal, nem por isso. O que significa uma coisa: para conhecer e ter acesso a uma maior gama deste género, tem de se ler em inglês.

Felizmente para mim, não tenho problemas em ler livros em inglês. O que me permite conhecer os livros que aí circulam, quais os que cá chegaram, e quais não chegaram.

O livro deste post é uma edição que saiu em 2013, mas nunca chegou a Portugal. Uma pena, porque vem revolucionar o mundo literário vampiresco em young adult. Descobri-o por acaso no Goodreads, e despertou-me a atenção pela classificação global de 4,06 estrelas, e pelos diversos comentários positivos, e alguns deles publicados por pessoas do sexo masculino (o que é raro ver-se em livros deste tipo). Decidi dar uma chance.

Nunca pensei ler um livro em dois dias. Dois dias! Esqueçam o Crepúsculo e essa treta. Tenho uma nova saga favorita de vampiros.

O que adorei neste livro foi o facto de diferir de todos os clichés de vampiros. A protagonista é feroz e forte, não uma rapariga frágil que é desajeitada e precisa de proteção o tempo todo. Além disso, ela não é impressionantemente bonita como os clichés ditam. O vampiro principal não é um parvo que se apaixona perdidamente por ela, e não parece um vampiro de todo – é  perigoso, embora gentil com ela; porém, é bem capaz de matar e... bem! ser a porcaria de um vampiro.

Também gostei da premissa: a guerra entre vampiros e humanos parecia muito – demasiado real. O facto de os humanos se esconderem dos vampiros nas florestas, e abdicarem das comodidades e viverem como guerreiros e ermitas, mexe connosco. Afinal, se num mundo alternativo a existência dos vampiros estivesse assumida, eles seriam claramente mais poderosos do que nós. Quem seria a presa condenada a esconder-se para sempre? Nós, meros humanos.

Em relação ao romance entre Aria e Braith, gostei do facto de não se ter desenrolado à velocidade de um relâmpago. A protagonista demora o seu tempo a gostar de Braith, em parte devido à cultura anti-vampiro que lhe foi imbutida desde a infância. Encontramos Aria a debater-se moralmente no seu interior: ali está um ser que ela aprendeu a odiar e a temer, no entanto, ele não dá mostras de ser a criatura horrível e abominável que todos pregam.

Infelizmente, esta saga não nos chegou cá, e se alguém a quiser ler, terá de fazê-lo em inglês. São 7 livros no total, todos muito bem classificados pelos leitores no Goodreads. Aconselho vivamente. E irei ler os restantes.


Escala de qualidade (1 - pobre a 5 – muito bom):
Romance: 4
Cenas “escaldantes”: 3
Personagens: 4
Enredo: 4


Por: MAIÚSCULA

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