A Todos os Rapazes Que Amei

Ai, ai, Jenny Han... Esperava tão mais de ti. Mas bem, vamos começar pelo inicío.




[imagem: Topseller]


#romance #ya #contemporâneo #RelaçãoFalsaQueSeTornaVerdadeira #AmorDeMiúdos #Irmãs #Mentira #Segredos


Este livro já tem uns anos (foi publicado em 2014). Na altura, grande alarido foi feito. Foi nomeado para imensos prémios, incluindo o Goodreads Choice Award for Young Adult Fiction, bestseller do New York Times, e tudo isso. No ano seguinte, uma sequela apareceu. Este ano, surge o último que completa a trilogia. Logo, obviamente que me chamou a atenção.

Assim que me chegou às mãos, houve uma coisa que me deixou um pouco de pé atrás. Podemos falar desta capa horrorosa? Ok, acho que podemos. Uma miúda asiática na capa, que se vê claramente estar a posar, num quarto que parece de adolescente. No entanto, se atentarmos na modelo, reparamos que é asiática, mas os olhos não são assim “tão em bico” como os dos asiáticos. Até parece uma tentativa de não espantar o mercado: “este livro fala de uma rapariga coreana, mas não se assustem, coreano é quase ocidental”. Até certo ponto, percebo. Ainda assim, deu-me muita vontade de rir ao reparar neste pormenor.

Esta é a história de Lara Jean, que escreve cartas a todos os rapazes que amou. Mas, em vez de as enviar aos respetivos destinatários, guarda-as numa caixa. E escreve-as apenas quando deixa de gostar dos rapazes em questão – quando ultrapassa o amor que tem por eles. Até que... as cartas são enviadas, e chegam às mãos desses rapazes. A confusão instala-se... e o resto é história.

Relativamente à protagonista, Lara Jean. Supostamente, ela tem 16 anos. Mas o discurso parece de uma miúda de 12. Tem medo de conduzir, tem medo de rapazes (no entanto, tem imenso a dizer sobre o amor?), e até as suas roupas parecem infantis.

Depois, a situação familiar não ajuda em nada. 3 irmãs, sendo Lara Jean a do meio, a crescerem sem mãe. A sensação do fardo das responsabilidades, de terem de tomar conta da casa sozinhas (o pai é médico), denota-se logo de início. Ainda assim, para alguém com tantas responsabilidades em casa, Lara Jean é simplesmente uma medricas que tem receio de tudo, inclusive da irmã mais velha, Margot. Essa foi outra das coisas que simplesmente me irritou. A relação entre elas, às tantas, não parece NADA normal. Nem sei explicar, mas Margot pareceu ser uma pessoa que, ao mesmo tempo sente que tem de aguentar aquele agregado familiar e ser mãe das irmãs, é fria, distante e, até certo ponto, algo egoísta.

Passando à frente. Mais concretamente, à Lara Jean. Se é tão medrosa e infantil, como raio é que tem tanto para dizer sobre o amor?! E como pode ela dizer, tão assertivamente, que amou 5 rapazes? Para mim, simplesmente, não faz sentido. Nem sequer teve um beijo apaixonado, não teve namorado, mas amou 5 rapazes diferentes? Uau. O título devia ser mais “A Todos os Rapazes de Quem Gostei”. Aí sim, faria muito mais sentido.

Outro elemento bem presente: todo o livro é feito a pensar numa sequela. Quando as coisas começam a correr bem e começam a desenvolver-se, tudo tem de correr mesmo mal – e o livro acaba. Mas a história, não – já sabem, há uma sequela. O que nos leva ao final do livro: de acordo com os comentários no Goodreads, o fim foi simplesmente dececionante.

É preciso que se note: não sou imune à curiosidade, e claro que gostaria de saber como tudo se desenvolve para a Lara Jean. Mas a verdadeira questão é: estou disponível para ler os próximos 2 livros? Não me parece...


A Todos os Rapazes Que Amei
De Jenny Han

Escala de qualidade (1 - pobre a 5 – muito bom)
Romance: 2
Cenas “escaldantes”: não existentes
Personagens: 3
Enredo: 3


Por: MAIÚSCULA

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